Livraria Gatafunho VS Rodolfo Castro
Rodolfo Castro, o autointitulado “pior contador de histórias do mundo”, abriu, em parceria com a editora Gatafunho, a Livraria Gatafunho em Oeiras.
Por isso, a sugestão de
hoje não é só para este fim de semana, é para todos os domingos em que apeteça dar um passeio até Oeiras e passar pela livraria, pois às 11h30 decorrem atividades para crianças. É só aparecer! =)
Para além disso, oficinas
criativas, sessões de contos para famílias e serões para adultos, ateliers,
música e teatro, são algumas das atividades que poderão encontrar na livraria.
Se quiserem podem acompanhar a Gatafunho, aqui.
Horário: De segunda a quinta das 10:00 às 20:00. Sexta e sábado, das 10:00 às 24:00 e domingo das 10:00 às 20:00.
Admiro o trabalho do Rodolfo e a sua dedicação ao conto, às histórias e aos livros. Por isso decidi divulgar aqui no blog um pouco do seu trabalho e este novo projeto de uma livraria diferente que vai ao encontro da comunidade, envolvendo-a num ambiente familiar onde as pessoas se sentem em casa.
Admiro o trabalho do Rodolfo e a sua dedicação ao conto, às histórias e aos livros. Por isso decidi divulgar aqui no blog um pouco do seu trabalho e este novo projeto de uma livraria diferente que vai ao encontro da comunidade, envolvendo-a num ambiente familiar onde as pessoas se sentem em casa.
O Rodolfo desenvolve um
Laboratório de Contadores de Histórias e eu tive a ousadia (sim, com o Rodolfo
é preciso ter coragem!) de frequentar um desses laboratórios e fiquei fã. Foram
sessões muito enriquecedoras onde aprendi com o Rodolfo e com todo o grupo de
colegas/amigas. Posso dizer que contar histórias não é tão simples como pode
parecer, exige treino e dedicação.
Aprendi que o abrir de uma porta numa história
pode ter vários sons, nomeadamente de gargalhadas… que apenas o movimentar dos
olhos ou da cabeça num sessão de contos pode ter muito mais impacto do que
qualquer frase do livro… que uma pausa durante o contar pode suster a
respiração de quem ouve… aprendi que consigo controlar aquele nervoso miudinho
e contar uma história sozinha num palco e no fim ouvir aplausos e sorrisos.
Nunca pensei que fosse tão
difícil, mas a verdade é que quando vamos um pouquinho mais além e saímos da
nossa zona de conforto, superamo-nos e ficamos com aquela sensação perfeita de:
“Eu consegui!” Esses dias deixam-nos de coração cheio! E isso também foi uma
aprendizagem.
Durante toda a formação o Rodolfo foi sempre
muito acessível e quando lhe falei do blog e que queria fazer-lhe umas
perguntas em jeito de entrevista sobre a Livraria que ele acabara de inaugurar,
ele prontificou-se logo e respondeu a todas as perguntas. Por isso, obrigada
Rodolfo pela tua dedicação ao livro e às histórias que muitos adultos pensam
ser apenas um universo das crianças e nem sabem o que andam a perder. ;)
Laboratório de Contadores de Histórias O grupinho maravilha depois das sessão de contos. |
Pinguinhos de Leitura: Qual o objetivo principal da Livraria Gatafunho?
Rodolfo Castro: “Divulgar a
boa literatura, em especial a literatura para crianças e jovens. Estimular o
prazer de ouvir e contar histórias e ser foco de produção
criativa dentro do espaço comunitário onde esta inserida.”
PL: Que atividades vão ser desenvolvidas na livraria?
RC: “Especialmente
iniciativas ligadas aos contos e a literatura. Ateliers para crianças e
famílias de escrita criativa, teatro, música e outras artes, sempre ligadas ao
universo dos livros. Sessões de contos para famílias e serões de contos para
adultos. Apresentação de livros e oficinas de formação para professores e
público interessado nos processos criativos da leitura e da narração oral.”
PL: A tua formação académica é de professor de 1º ciclo do Ensino
Básico. Quando é que te apercebeste que querias ser contador de histórias?
RC: “Há 21 anos
comecei a contar contos em um museu. Era uma atividade extra que eu fazia
quando não estava na escola. Com o tempo acabei por involucrar-me tanto nas
histórias que não consegui escapar ao seu feitiço.”
PL: Porquê te intitulas como o pior contador de histórias do mundo?
RC: “É uma toma de postura ideológica. O mundo é
complexo e estranho. Os meus contos vão a procura desse mundo cheio de
surpresas e fujo dos estereótipos de contos bem
comportados e politicamente corretos. Por isso sou o pior.”
PL: Tendo em conta a tua experiência como contador de histórias,
que mensagem gostarias de deixar aos leitores do blog?
RC: “Os contos
nos completam. A vida precisa de ser contada para ter sentido.
Aprofundar na leitura e nos contos é acreditar no ser humano, e num
futuro mais abrangente e menos mesquinho do que temos hoje.”
Boas Momentos e Bom Fim de Semana!
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